quarta-feira, março 22, 2006

Palavras para o futuro

A minha mensagem seria: "alguns fizemo-lo o melhor que soubemos". Aliás, estaria em galego, para que uma pequena amostra da língua galega pudera ser salva da extinção.

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sexta-feira, março 17, 2006

Drew Barrymore (perversões confessáveis 1)

Espero que niguém me chame machista se aproveito o achádego destas fotos para Playboy em 1995, para expresar cá a minha admiração (total) pela Drew Barrymore. A beleza não tem género (e aliás, a gente não é de pedra, pois não?).




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Bom dia de São Patrício a todos!

Vou estar uns dias muito ocupado, e não sei quanto tempo é que vou poder dedicar ao blogue. Aliás, esta fim-de-semana volto a casa.

Como hoje ademais estou vago, vão lá umas fotos tiradas do avião. Enjoy!


Pontevedra.


Ria de Vigo.

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quinta-feira, março 16, 2006

Blogaliza, Blogalego e a blogosfera pangalaica

Queria fazer uma entrada para comentar as novidades (relativas já) de Blogalego, Chuza! etcétera, mas o amigo Calidonia já o fez por mim. Polvo à feira coincide quase plenamente com a análise de Calidonia mas segue a perguntar-se: qual é o problema real? Não é possível que a entranhável Blogaliza e a novidade (melhorada) que supõe Blogalego convivam? Eu não deixei de render visita diária a Blogaliza desde que apareceu Blogalego e não vou deixar de o fazer. É certo, porém, que ultimamente o site mais velho parece ter problemas de actualização... Por último, uma pergunta inocente: se por trás de Blogalego/Sinxelo.com está uma promotora imobiliária, que benefício esperam tirar de Blogalego? Há qualquer coisa cá que se me escapa... algo que não percebo. O tempo dirá.

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Happy when it rains

Dizque esta fim-de-semana choverá na Galiza, assim que toca outra volta um estado de ânimo mais do que uma canção propriamente dito:

Happy when it rains
Step back and watch the sweet thing
breaking everything she sees
she can take my darkest feeling
tear it up till i'm on me knees
plug into her electric cool
where things bend and break
and shake to the rule
talking fast couldn't tell me something
i would shed my skin for you
talking fast on the edge of nothing
i would break my back for you
don't know why, don't know why
things vaporise and rise to the sky
and we tried so hard
and we looked so good
and we lived our lives in black
but something about you felt like pain
you were my sunny day rain
you were the clouds in the sky
you were the darkest sky
but your lips spoke gold and honey
that's why i'm happy when it rains
i'm happy when it pours
looking at me enjoying something
that feels like feels like pain
to my brain
and if i tell you something
you take me back to nothing
i'm on the edge of something
you take me back
and i'm happy when it rains





Musica para hoje (14) Darklands -- The Jesus & Mary Chain (1987)

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Já é primavera

Bom, ainda faltam uns dias, mas o que aqui chamam "prunos" (uma variedade de ameixeira) e as amendoeiras já floresceram e está um espectáculo vê-las. Semelham árvores nevadas mais do que em flor. Deixo-vos umas fotos para que o vejais.



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Não!


A espectacular publicidade britânica ao serviço da luta contra os que não percebem o significado da palavra NÃO!

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quarta-feira, março 15, 2006

Canções para o meu funeral (música para hoje 13)

Que canções gostavais de que soassem no vosso funeral? Eu penso que escolheria estas duas (a segunda cantada pelos Everly Brothers, of course).

Wild Horses (Jagger/Richards)
Childhood living is easy to do
The things you wanted I bought them for you
Graceless lady you know who I am
You know I can't let you slide through my hands

Wild horses, couldn't drag me away
Wild wild horses couldn't drag me away

I watched you suffer a dull aching pain
Now you decided to show me the same
No sweeping exits or off stage lines
Could make me feel bitter or treat you unkind

Wild horses, couldn't drag me away
Wild wild horses couldn't drag me away

I know I've dreamed you a sin and a lie
I have my freedom but I don't have much time
Faith has been broken tears must be cried
Let's do some living after we die

Wild horses, couldn't drag me away
Wild wild horses we'll ride them someday
Wild horses, couldn't drag me away
Wild wild horses we'll ride them someday


Bye bye love (Bryant & Bryant)
Bye bye love
Bye bye happiness
Hello loneliness
I think I’m gonna cry
Bye bye love
Bye bye sweet caress
Hello emptiness
I feel like I could die
Bye bye my love, goodbye
There goes my baby
With someone new
She sure looks happy
I sure am blue
She was my baby
Till he stepped in
Goodbye to romance
That might have been
I’m through with romance
I’m through with love
I’m through with counting
The stars above
And here’s the reason
That I’m so free
My loving baby
Is through with me

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terça-feira, março 14, 2006

Por fim!

o tenho!

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segunda-feira, março 13, 2006

Ich liebe Kraftwerk!




Música para hoje (12): Autobahn (1974), Kraftwerk.

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sábado, março 11, 2006

11 de Março

O 11 de Março de 2004 no momento no que estouraram os comboios de cercanias em Santa Eugenia, El Pozo, Atocha e a mochila abandonada na mesma estação de Atocha, eu estava na cama. Isso não quer dizer que os atentados não me afectaram.

Até Dezembro de 2003 eu trabalhei no Liceu de Santa Eugenia. Todos os dias, eu tomava um cercanias que fazia o percorrido dos "trens da morte", só que no sentido contrário. A seguir a trabalhar lá em Março, algum dos comboios ter-se-ia cruzado com algum dos que eu tomava para ir trabalhar. Pode-se dizer que tive sorte.

Também pode se dizer que tive sorte porque aquele 11 de Março de 2004 era uma quinta-feira. Nas quintas, eu entrava tarde a dar as minhas aulas, assim que na hora na que estourou a mochila de Atocha, eu estava na cama. Qualquer outro dia, às mesmas horas, eu estaria em Atocha caminho de Parla, onde estava a trabalhar desde Janeiro.

Obviamente, posso considerar-me infinitamente afortunado se me tenho de comparar com os mortos, os feridos e os achegados aos mortos e feridos daquele dia terrível. Mas... ainda hoje oprime-me a gorja a lembrança das chamadas que recebi aquela manhã. Muita gente, a minha gente, passou momentos angustiosos até que pôde confirmar que eu estava bem.

Aquele dia foi impossível ir trabalhar. Em lugar disso, tive de ficar na casa vendo na televisão imagens de rostos conhecidos deformados pela dor: os meus primeiros alunos; os meus companheiros do Liceu de Santa Eugenia; os mestres do colégio que estava ao lado do meu Liceu e que sofreu mais as consequências dos atentados... Não foi doado contemplar essas caras, como podeis supor.

No dia seguinte, um dia frio e gris-chumbo, o mundo semelhava haver-se detido. No metro, nos comboios, o silêncio pesava toneladas e todo o mundo parecia vigilar-se. Às 12 suspendemos as aulas, reunimo-nos no pátio e lemos um manifesto contra a violência. Eu esquecera chamar ao centro o dia anterior, e muitos alunos e companheiros não sabiam se eu estivera em Atocha.

Penso que sorte que tive foi só relativa. Nada me afectou directamente, mas também não me privou de sofrimentos e momentos de angústia. Ainda hoje tenho a convicção íntima de que não saí indemne daquelas bombas. Por suposto, eu não sou uma vítima, mas, como todos os espanhóis, tenho direito a opinar e a ter uns sentimentos concretos a respeito dos atentados.


Por isso sinto uma raiva tão grande quando ouço a quem pretende evitar a sua responsabilidade, a quem não fez mais que mentir e manipular a informação que demandava o povo, insistir em que ETA teve algo a ver com as bombas ou, mais grave ainda, insinuar que o próprio PSOE esteve implicado nos atentados. Semelhantes afirmações não podem ocultar o facto de que o responsável dessas bombas tem nome, apelidos e bigode.

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sexta-feira, março 10, 2006

Eu, personagem de South Park

Se eu fora uma personagem de South Park, havia de ser mais ou menos assim:



Mas quando estou a dar as minhas aulas de inglês a 2ºB da ESO (IES José de Churriguera, Leganés) tenho mais bem este aspecto:


(note-se a diferença de indumentária embora eu não tenha casaco dessa cor).


Obrigado a Chexire pelo enlace.

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Object trouvée (6)

1: Recebido por correio electrónico:


E 2: uma ligação muito gira. Ao parecer, foi já aprovada pelo próprio Matt Groening e vai servir de cabeceira para um episódio dos Simpson.

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quinta-feira, março 09, 2006

al-Arabiya

Tenho muito que fazer e que estudar, mas não pude resistir a oferta e apontei-me em aulas de língua árabe. Sinto-me muito subversivo.

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tecnologia moderna

Pertenço à geração do Tente, o Mecano, o Quimicefa, os Juegos reunidos Geyper e os Madelman. Os brinquedos mais sofisticados que tivemos foram do estilo de Hundir la flota por ordenador (!). Em realidade, este joguete consistia numa singela memória electrónica que permitia fixar as posições da frota no jogo dos barcos. Quando um jogador marcava a sua tirada, o jogo reproduzia o som da queda dum projéctil que ou bem golpeava água, ou bem explodia se acertava num alvo. Até que passamos dos dez anos não conhecemos os jogos electrónicos (o Pac-Man, ou aquele primitivo jogo de ténis que jogavam dois rectângulos brancos que se deslocavam arriba e abaixo nos extremos do ecrã para fazer rebotar um quadradinho que simulava a bola). Por não haver, não havia nem máquinas recreativas nos bares se exceptuamos algum que outro futbolín ou pinball. Assim estávamos quando apareceram os Spectrum e os Amstrad e os videojogos de Atari. Estes joguetes, que para muitos passavam por “ordenadores” revolucionaram completamente os pátios das escolas, criando classes especiais e separadas: os que tinham e os que não tinham. A mim, como a todos, estes novos brinquedos tecnológicos fascinavam-me e ademais descobri que era bom para fazê-los funcionar, que entendia bem as instruções que causavam problemas aos adultos que no-los haviam comprado. Esta facilidade continuou existindo logo, quando as televisões incorporaram tecnologia digital na sintonização de canais e quando apareceram o vídeo e as equipas musicais.

Todos esses tímidos avances tecnológicos iam aparecendo a um ritmo muito lento e só os mais proclives a estar na última corriam para adquiri-los em quanto ainda eram novidades. Na minha casa, o vídeo, o reprodutor de CDs ou o de DVDs tardaram anos em chegar e assim custaram quatro ou cinco vezes menos do que aos primeiros que os tiveram. O seguinte passo foram os ordenadores, as equipas de cine na casa, internet, as câmaras digitais e os telemóveis. Agora mesmo parece que a história está a discorrer pela época dos impérios mp3, PDA, GPS e sabe deus que mais.

Agora, aqueles de nós, que nunca puderam separar-se do telefone da casa mais de metro e meio em quanto o usavam e que não chegaram a saber como acender o aparato electrónico mais simples, encontram-se asfixiados por toneladas de novidades cuja utilidade parece impossível discutir. Os demais parecemos alegremente rendidos ao alude tecnológico. Alguém lembra como era viver sem todos esses gadgets e gimmicks? Se se pensa friamente, é verdadeiramente imprescindível que todos os membros duma família disponham de telemóvel e que cada um dos recibos individuais não desça jamais dos 50 euros ao mês?

Fala-se-nos muito do consumo energético responsável, do consumismo, mas não há quem faça com que nos questionemos a utilidade real da tecnologia que temos adquirido e que usamos só a meias. Quantos aproveitam mais do 30% do potencial das suas equipas informáticas ou dos seus telemóveis que já são “de terceira geração”? O que é que eu faço com um ordenador portátil, o meu quarto telemóvel em menos de seis anos, uma câmara digital, um iPod, uma PDA do meu trabalho, um lápis de memória portátil, um disco duro externo de 30 gigabytes, um reprodutor de DVDs, um discman, um….? Ademais, há já tempos que perdemos a frescura com a que aprendemos a usa os primeiros balbucios tecnológicos da indústria do brinquedo. Agora padecemos angústia e indiferença quando nos enfrentamos a um problema de funcionamento dos nossos aparatos, e isso se não estamos completamente fartos deles (quantos dos que trabalham todo o dia diante dum ordenador estão desejando sentar-se ante o que têm na casa ao acabar a jornada?). Se calhar, tem chegado o momento de repensarmo-nos toda esta modernidade e todo este progresso.

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quarta-feira, março 08, 2006

Object trouvée (5)

terça-feira, março 07, 2006

O futuro do galego

O sábado ou domingo passados, o Diario de Pontevedra publicava uma entrevista com um casal de Vilaboa. O homem era marroquino; a mulher galega com apelido italiano. Ambos factos eram destacados na entrevista, assim como o de levarem catorze anos casados e serem um exemplo de matrimónio "integrado" -ambos respeitavam a religião do cônjuge e diziam que o seu filho elegeria a que ele quiser quando fora maior de idade-. O jornal escolheu-os como nova de destaque porque em Vilaboa há uma forte polémica por mor da construção duma mesquita, que fomentaria a propagação do integrismo islâmico (eu perguntava-me: não estarão em Vilaboa preocupados com os centros do Opus, propagadores do integrismo católico? Seguro que lá há, pelo menos, dois: um para mulheres e outro para homens).

Bom, não divaguemos. O mais curioso da entrevista em questão era que estava escrita em espanhol, ainda que destacava que tanto a galega de apelido italiano como o seu marido marroquino, FALAVAM GALEGO, e reproduzia as frases deles em galego. Será esse o futuro da nossa língua? Uma língua falada só pelos imigrantes? Eu não tenho nada em contra disso. Manuel Rivas já disse que o futuro da nossa população passa pelos filhos dos imigrantes; é lógico que eles sejam também os que mantenham vivo o idioma.

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segunda-feira, março 06, 2006

Vontade de viajar

Empeço a temer que não haverá viagem em Semana Santa...


Monção, Portugal.


Dun Chaoin/Dunquin, Eire.

Mourisca, Bueu, Galiza.

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sábado, março 04, 2006

Morreu o papagaio!

Um ano mais, Pontevedra celebrou o enterro de Ravachol. Este ano, o disfarce do animalinho causou uma certa polémica, mas no final tudo correu como sempre, que esta é vila tranquila.

Há já muitos anos que o entrudo pontevedrês deixou de enterrar sardinhas para enterrar papagaios reivindicativos, como não podia ser menos dada a história do defunto em quanto estivo vivo. O Ravachol original foi um famossísimo assasino de mulheres francês de fins do século XIX que se revelou como um terrível anarquista sem deus nem amo durante o seu juízo. Não se sabe se quando Perfecto Feijoo adoptou ao papagaio e o pôs na sua botica da Igreja da Peregrina, o animal já tinha o nome do anarquista ou foi ideia feliz do boticário e folclorista pontevedrês; mas o caso é que o papagaio se fez pronto com uma merecida fama de "deslenguado", proferindo insulto e palavrões que espantavam às beatas que iam a missa. Tambem repetia frases mais inocentes, que às vezes eram pronunciadas em situações que provocavam a hilaridade geral:

"Si collo a vara", "Don Perfeuto, xente na tenda", "Un patacón de manesia", "Aquí non se fía". Dizque ao político Montero Rios dirigiu-lhe um "Vaite de aquí larpeiro" e que ao mesmíssimo Castelar chamou-o "Demo de barbas".

O papagaio morreu em 1913, num martes de entrudo e o seu sepélio foi digno dum rei. Milheiros de enlutados pontevedreses acompanharam o finado entre grandes exibições de dor. Desde há uns vinte anos, Pontevedra rememora o enterro do papagaio de Don Perfecto e as suas ocorrências como símbolo distintivo do seu entrudo.

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sexta-feira, março 03, 2006

Aclaração de termos

Peço desculpas mas não disponho dum bom dicionário português e tenho de usar o DRAE, mas as definições são muito reveladoras:


fundamentalismo. m. movimiento religioso y político de masas que pretende restaurar la pureza islámica mediante la aplicación estricta de la ley coránica a la vida social. 2. Creencia religiosa basada en una interpretación literal de la Biblia, surgida en Norteamérica en coincidencia con la Primera Guerra Mundial. 3. Exigencia intransigente de sometimiento a una doctrina o práctica establecida.

integrismo. (De íntegro). m. Actidud de ciertos sectores religiosos, ideológicos o políticos, partidarios de la intangibilidad de la doctrina tradicional. 2. Movimiento ideológico español de fines del s. XIX basado en principios antiliberales y que propugnaba la aplicación inflexible de la doctrina tradicional católica.

Diccionario de la Real Academia Española –Vigésimo segunda edición. 2001

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"Friday, I'm love" de The Cure (música para hoje 11)

Dedicado à minha namorada, Mónica, que hoje faz anos:

I don’t care if monday’s blue
Tuesday’s grey and wednesday too
Thursday I don’t care about you
It’s friday I’m in love
Monday you can fall apart
Tuesday wednesday break my heart
Thursday doesn’t even start
It’s friday I’m in love
Saturday wait
And sunday always comes too late
But friday never hesitate...
I don’t care if monday’s black
Tuesday wednesday heart attack
Thursday never looking back
It’s friday I’m in love
Monday you can hold your head
Tuesday wednesday stay in bed
Or thursday watch the walls instead
It’s friday I’m in love
Saturday wait
And sunday always comes too late
But friday never hesitate...
Dressed up to the eyes
It’s a wonderful surprise
To see your shoes and your spirits rise
Throwing out your frown
And just smiling at the sound
And as sleek as a shriek
Spinning round and round
Always take a big bite
It’s such a gorgeous sight
To see you eat in the middle of the night
You can never get enough
Enough of this stuff
It’s friday
I’m in love

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quinta-feira, março 02, 2006

Dreyer, Bresson e Tarkovski em DVD

Após a feliz edição dum punhado de filmes do dinamarquês Carl T. Dreyer (Ordet (A palavra), Gertrud, Dies Irae, O amo da casa), agora resulta que saem ao mercado cinco títulos do russo Andrei Tarkovsky. Por ordem de estreia em cinema são: A infância de Ivão, Andrei Rublev, Solaris, Espelho e Stalker.
Faz-se difícil para mim dizer algo destes cineastas, não muito conhecidos em Espanha mas absolutamente imprescindíveis na história do cinema. Das teorias cinematográficas de Dreyer evoluiram vários aspectos do trabalho de Ingmar Bergman e de Robert Bresson, de quem à vez partiram os cineastas da Nouvelle Vague. Esta linha de influência chega a actualidade através das propostas de gente como Lars Von Triers ou Aki Kaurismäki. A admiração que sentem directores como Bergman ou Erice pela obra de Tarkovsky é assim mesmo bem conhecida.

Com todo, ainda deveriam aparecer coisas de ambos autores. Sacrifício ou Nostalgia no caso de Tarkovsky; A paixão de Joana de Arco ou Vampyr no caso de Dreyer. Haverá que dar tempo aos editores e confiar (não quero provocar invejas, mas eu tenho essas películas desde há tempo graças a caríssimas edições americanas e inglesas). Em quanto a Bresson, a Fnac já sacou à venda O dinheiro, Pickpocket, O processo a Joana de Arco. Ficam pendentes Um condenado a morte fugiu, Diário dum cura de campanha, Mouchette e Au hasard Balthazar. Paciência!

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quarta-feira, março 01, 2006

Parzival, de Wolfram Von Eschenbach (estamos a ler 3)

“Si se llega a saber que el sobrino del rey Arturo ha llegado bajo mi protección a Schanpfanzun, y si los franceses o los britanos, los provenzales o los borgoñones, los gallegos o los punturteses oyen las penalidades de Gawan, perderé mi buen nombre”.

“(...) no os envanezcáis demasiado, pues, aunque sois el más noble y distinguido de todos los príncipes, yo también soy soberano y señor de muchas tierras. Tengo
en Galicia, muy diseminados, numerosos castillos hasta Pontevedra. Aunque vos y todos los britanos me quisieran hacer allí algún daño, no huiría de vos ni un pollo”.

Soa estranho? E se dizemos que procedem dum poema alemão de cavalaria que faz parte do Ciclo do Graal e que foi escrito no século XIII? O livro chama-se Parzival, e o seu autor, de quem praticamente tudo desconhecemos, é Wolfram von Eschenbach.

Se fazemos caso da lapela da capa da edição de Siruela, este poema é junto com o Cantar dos Nibelungos e o Fausto de Goethe um dos principais mitos da cultura alemã. Como prova o facto de a obra ser adaptada por Richard Wagner na sua ópera Parsifal; ou que Herman Hesse usara o nome duma personagens da ópera wagneriana (que não aparece no poema medieval) para dar nome a uma das suas melhores criações: o pintor Klingsor; ou que Thomas Mann pussera o nome de “von Eschenbach” ao namorado protagonista do seu inesquecível romance Morte em Venécia.

A leitura de Parzival ensina-nos a apreciar a literatura medieval. O poema abrangue todos os temas: o amor cortês, a novela bizantina, as gestas de cavalaria, a busca da perfeição espiritual mediante a prática duma ética estrita (castidade, piedade, generosidade, amor, valentia e humildade). Abundam as descrições detalhadas de luxos aristocráticos, costumes do amor cortês, além de geografias, exércitos e façanhas fantásticas; assim como cenas duma grande ternura e delicadeza. O estilo de von Eschenbach não surpreenderá a velhos leitores do ciclo bretão ou das modernas mitologias do Tolkien, e tem ademais os valores acrescentados da ironia e duma visão surpreendentemente moderna de certos temas como a convivência entre religiões, a moral sexual ou a ética pessoal.

O jovem Parzival medra num bosque longe do contacto com a cavalaria que custou a vida ao seu pãe. Um dia encontra uns cavaleiros e decide abandonar a sua mãe e dirigir-se ao castelo do Rei Artur para que este o arme cavaleiro. A sua mãe trata de dificultar a sua viagem, mas não consegue o seu propósito e morre de sofrimento em quanto Parzival vai embora. O jovem é nobre e formoso, mais ignora totalmente como deve comportar-se um cavaleiro e desconhece a religião, por elo tem um combate com Ither de Gahaviez, a quem mata e arrebata cavalo e armadura sem saber que ambos estavam emparentados. Por fim chega à corte de Artur, quem o arma cavaleiro. Parzival parte em busca de façanhas que aumentem a sua glória. Numa das suas aventuras, casa com uma rainha, mas o amor da sua dona Condwiramurs e o seu trono não conseguem reter ao cavaleiro. Um dia chega a um lago onde acode a aliviar as suas feridas o Rei-pescador. Parzival é convidado ao castelo de Munsalwäsche, onde assiste a numerosos prodígios realizados pelo Graal, pedra de origem divina e dotada de poderes maravilhosos, mas causa do sofrimento do rei Anfortas. A noite passa e Parzival, seguindo o conselho que recebera de não ser indiscreto, evita perguntar ao Rei-pescador o motivo do seu sofrimento, com o que comete um pecado involuntário e é expulso do castelo. Toda a velada resulta não ser mais que uma prova à que Parzival estava pré-destinado para livrar Anfortas do seu padecer eterno e herdar o seu trono como rei do Graal. O jovem herói fracassa na prova por não fazer a pergunta. Desde esse momento, Parzival tratará de volver a ser digno de dar com o castelo e de volver a contemplar os prodígios do Graal.

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Música para hoje (10)

Nova playlist para o iPod:

Carrickfergus : Van Morrison
The Blower's Daughter : Damien Rice
Thunder Road : Bruce Springsteen
Bye Bye Love :
Everly Brothers
Train In Vain : The Clash
Sometimesalways : The Jesus & Mary Chain
Here Comes Your Man : The Pixies
Let's Spend The Night Together : The Rolling Stones
Ain't Too Proud To Beg : The Temptations
Let's Be Friends (Skin to Skin) : Bruce Springsteen
I'm A Fool For You : James Carr
Don't Let Me Down : The Beatles
Debris road : Ocean Colour Scene
There's A Touch : The Proclaimers
Ná de ná : Los enemigos
Lullaby Of London : The Pogues
Águas de Março : Elis Regina & Tom Jobim
Fill This World With Love : Ann Peebles
Suzanne : Leonard Cohen
Angel : Aretha Franklin
I Can't Take My Eyes Off You : Lauryn Hill
Yesterday's Numbers : The Flamin' Groovies
In My Life : The Beatles
Aprilskies : The Jesus & Mary Chain
Strange Currencies : R.E.M.
I Believe (When I Fall In Love It Will Be Forever) : Stevie Wonder
I Can't Help Myself (Sugar Pie, Honey Bunch) : The Four Tops
Let's Get It On : Marvin Gaye
Sweetest Thing : U2
Angels : Robbie Williams
No Expectations : The Rolling Stones
I'm So Proud : The Impressions
I Can't See Myself Leaving You : Aretha Franklin
The Look Of Love : Dusty Springfield
Pale Blue Eyes : Velvet Underground
Corcovado : Stan Getz, Astrud & João Gilberto
Trains & Boats & Planes : Astrud Gilberto
Shine A Light : The Rolling Stones
Don't Get Me Wrong : The Pretenders
Almost Gold : The Jesus & Mary Chain
Inútil paisagem : Elis Regina & Tom Jobim
Last Date : R.E.M.

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