O futuro do galego
O sábado ou domingo passados, o Diario de Pontevedra publicava uma entrevista com um casal de Vilaboa. O homem era marroquino; a mulher galega com apelido italiano. Ambos factos eram destacados na entrevista, assim como o de levarem catorze anos casados e serem um exemplo de matrimónio "integrado" -ambos respeitavam a religião do cônjuge e diziam que o seu filho elegeria a que ele quiser quando fora maior de idade-. O jornal escolheu-os como nova de destaque porque em Vilaboa há uma forte polémica por mor da construção duma mesquita, que fomentaria a propagação do integrismo islâmico (eu perguntava-me: não estarão em Vilaboa preocupados com os centros do Opus, propagadores do integrismo católico? Seguro que lá há, pelo menos, dois: um para mulheres e outro para homens).
Bom, não divaguemos. O mais curioso da entrevista em questão era que estava escrita em espanhol, ainda que destacava que tanto a galega de apelido italiano como o seu marido marroquino, FALAVAM GALEGO, e reproduzia as frases deles em galego. Será esse o futuro da nossa língua? Uma língua falada só pelos imigrantes? Eu não tenho nada em contra disso. Manuel Rivas já disse que o futuro da nossa população passa pelos filhos dos imigrantes; é lógico que eles sejam também os que mantenham vivo o idioma.
Bom, não divaguemos. O mais curioso da entrevista em questão era que estava escrita em espanhol, ainda que destacava que tanto a galega de apelido italiano como o seu marido marroquino, FALAVAM GALEGO, e reproduzia as frases deles em galego. Será esse o futuro da nossa língua? Uma língua falada só pelos imigrantes? Eu não tenho nada em contra disso. Manuel Rivas já disse que o futuro da nossa população passa pelos filhos dos imigrantes; é lógico que eles sejam também os que mantenham vivo o idioma.
Etiquetas: Cosmopolítica, Damn. I've got the blues again, Galiza
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