segunda-feira, novembro 27, 2006

Indiana Jones dos livros

As listas de leituras obrigatórias das diversas matérias da licenciatura em Filologia Hispânica da UNED estão cheias de livros impossíveis de encontrar; há livros esgotados, raros, fora já de catálogo, edições especiais com péssima distribuição nas livrarias e coisas demasiado esquisitas para ser acessíveis.

Nas aulas circulam as fotocópias, o que faz com que os que padecemos fetichismo livreiro nos sintamos incómodos.
Eu levo tempo à procura de vários livros através de Iberlibro. Primeiro faço a pesquisa directamente no site, e quando localizo uma livraria em Madrid que dispõe de exemplares do livro que busco, anoto o nome e o endereço ou o telefone e vou lá a buscar o meu livro. Faço isto não só por aforrar os gastos de envio, mas pelo prazer de sentir-me um pouco arqueólogo e explorador. As pesquisas levam-me muitas vezes a zonas da cidade que eram desconhecidas, e os alfarrábios têm sempre outras qualidades que fazem com que o passeio pague a pena. Às vezes é a própria livraria, às vezes a personalidade do alfarrabista, outras vezes são os achádegos inesperados que acontecem nos locais. O outro dia, uns homens desses ofereceu-me a edição original de 1934 da segunda versão da antologia de poetas contemporâneos compilada por Gerardo Diego. Uma formosura de 800€ que deixei na livraria com uma certa dor de coração...

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