Outro poema de Patrick Kavanagh
Outro poema de Patrick Kavanagh, poeta galego que fingiu ser irlandês e do que já falámos em Polvo à feira.
No Social Conscience
He was an egoist with an unsocial conscience,
And I liked him for it though he was out of favour
For he seemed to me to be sincere,
Wanting to be no one’s but his own saviour.
He lived in a neutral country through a war
And never cut a sod of turf or said
The word ‘Emergency’ once,
He simply called it ‘the war’ and that was bad.
He saw the wild witch eyes which are a Nation’s
Turned upon the one man who held
Against the gangs of fear his ordinary soul –
He did no public service but lived for himself.
His one enthusiasm was against the hysteria
Of the dangerous men who are always in procession
Searching for someone to murder or worship –
He never qualified for directorship or State pension.
Sem consciência social
Era um egoísta com uma consciência associal,
E gostava dele por isso, embora estivesse contracorrente,
Porque parecia-me sincero,
E não desejava ser o salvador de ninguém que não fora ele próprio.
Vivia num país neutral durante uma guerra
E nunca cortou um feixe de turba nem disse
A palavra ‘Emergência’ uma soa vez,
Limitava-se a chamá-la ‘a guerra’ e isso era mau.
Viu os olhos de bruxa que uma nação
Volta sobre aquele que mantém
Contra os bandos do medo a sua alma ordinária.
Não fez serviço público nenhum; vivia para ele.
O seu único entusiasmo era contra a histeria
Dos homens perigosos que saem sempre em procissão
Na busca de alguém a quem matar ou adorar.
Nunca mereceu uma direcção geral ou uma pensão do estado.
No Social Conscience
He was an egoist with an unsocial conscience,
And I liked him for it though he was out of favour
For he seemed to me to be sincere,
Wanting to be no one’s but his own saviour.
He lived in a neutral country through a war
And never cut a sod of turf or said
The word ‘Emergency’ once,
He simply called it ‘the war’ and that was bad.
He saw the wild witch eyes which are a Nation’s
Turned upon the one man who held
Against the gangs of fear his ordinary soul –
He did no public service but lived for himself.
His one enthusiasm was against the hysteria
Of the dangerous men who are always in procession
Searching for someone to murder or worship –
He never qualified for directorship or State pension.
Sem consciência social
Era um egoísta com uma consciência associal,
E gostava dele por isso, embora estivesse contracorrente,
Porque parecia-me sincero,
E não desejava ser o salvador de ninguém que não fora ele próprio.
Vivia num país neutral durante uma guerra
E nunca cortou um feixe de turba nem disse
A palavra ‘Emergência’ uma soa vez,
Limitava-se a chamá-la ‘a guerra’ e isso era mau.
Viu os olhos de bruxa que uma nação
Volta sobre aquele que mantém
Contra os bandos do medo a sua alma ordinária.
Não fez serviço público nenhum; vivia para ele.
O seu único entusiasmo era contra a histeria
Dos homens perigosos que saem sempre em procissão
Na busca de alguém a quem matar ou adorar.
Nunca mereceu uma direcção geral ou uma pensão do estado.
Etiquetas: Letras livres, Poesia
<< Home