Empatia, sensibilidade, parelhas (e Dylan)
Ontem, Telemadrid ofereceu o segundo duma série de documentários da BBC sobre as diferentes maneiras que têm homens e mulheres de perceber as relações entre os sexos. Tratam-se neles os tópicos (os homens procuram mulheres com curvas porque é indicativo de fertilidade; as mulheres homens altos e que inspirem confiança e segurança) e pontos de vista mais originais (um zoólogo afirma que temos tendência a procurar na parelha rasgos faciais semelhantes aos nossos).
Uma das principais diferenças semelha estar na empatia, na facilidade para entender ou compartir os sentimentos alheios, que é muito alta nas mulheres e muito baixa nos homens. Os homens são bons para valorar objectos, mas não tanto para avaliar sentimentos. Num experimento do programa, vários homens e mulheres eram recolhidos por um actor num táxi que de caminho ao laboratório lhes contava várias coisas da sua vida. As mulheres lembravam a conversa com o homem; os homens lembravam todos os detalhes do carro.
No blogue de Xalundes, atopei o outro dia este teste, também da BBC. Nele mede-se a capacidade que temos para reconhecer um sorriso fingido. Eu acertei só 9 de 20, ainda que antes de começar a fazê-lo pedem que se valore de 1 a 7 a própria capacidade e eu pusera um 4, é dizer, colocava-me no meio da tábua já de partida.
Hoje fiquei muito surpreendido numa das minhas aulas por causa disto (da empatia, quero dizer). Com tudo o bom que um possa dizer deles, os alunos e as alunas da Secundária actual não são um prodígio nem de sensibilidade nem de conhecimentos vitais que facilitem o seu entendimento de certos temas. Normalmente, reagem bastante mal à música que propomos os adultos e tenho tido reacções muito negativas perante certos estilos ou cantantes. Pois bem. Para trabalhar os condicionais e as estruturas alternativas a eles, escolhi uma velha canção de Dylan. Vimos as estruturas, traduzimos a letra e no fim das aulas, enquanto a escutávamos, uma rapariga começou chorar. Estava completamente emocionada, identificada com os sentimentos que a Dylan lhe produzira a ruptura com a sua mulher. Nunca me passara nada semelhante e pergunto-me se o facto de que a pessoa que chorou era mulher terá algo a ver com o sucedido.
Uma das principais diferenças semelha estar na empatia, na facilidade para entender ou compartir os sentimentos alheios, que é muito alta nas mulheres e muito baixa nos homens. Os homens são bons para valorar objectos, mas não tanto para avaliar sentimentos. Num experimento do programa, vários homens e mulheres eram recolhidos por um actor num táxi que de caminho ao laboratório lhes contava várias coisas da sua vida. As mulheres lembravam a conversa com o homem; os homens lembravam todos os detalhes do carro.
No blogue de Xalundes, atopei o outro dia este teste, também da BBC. Nele mede-se a capacidade que temos para reconhecer um sorriso fingido. Eu acertei só 9 de 20, ainda que antes de começar a fazê-lo pedem que se valore de 1 a 7 a própria capacidade e eu pusera um 4, é dizer, colocava-me no meio da tábua já de partida.
Hoje fiquei muito surpreendido numa das minhas aulas por causa disto (da empatia, quero dizer). Com tudo o bom que um possa dizer deles, os alunos e as alunas da Secundária actual não são um prodígio nem de sensibilidade nem de conhecimentos vitais que facilitem o seu entendimento de certos temas. Normalmente, reagem bastante mal à música que propomos os adultos e tenho tido reacções muito negativas perante certos estilos ou cantantes. Pois bem. Para trabalhar os condicionais e as estruturas alternativas a eles, escolhi uma velha canção de Dylan. Vimos as estruturas, traduzimos a letra e no fim das aulas, enquanto a escutávamos, uma rapariga começou chorar. Estava completamente emocionada, identificada com os sentimentos que a Dylan lhe produzira a ruptura com a sua mulher. Nunca me passara nada semelhante e pergunto-me se o facto de que a pessoa que chorou era mulher terá algo a ver com o sucedido.
Etiquetas: Cosmopolítica, Curiosidades, Música
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