Empatia, sensibilidade, parelhas (e Dylan)
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Uma das principais diferenças semelha estar na empatia, na facilidade para entender ou compartir os sentimentos alheios, que é muito alta nas mulheres e muito baixa nos homens. Os homens são bons para valorar objectos, mas não tanto para avaliar sentimentos. Num experimento do programa, vários homens e mulheres eram recolhidos por um actor num táxi que de caminho ao laboratório lhes contava várias coisas da sua vida. As mulheres lembravam a conversa com o homem; os homens lembravam todos os detalhes do carro.
No blogue de Xalundes, atopei o outro dia este teste, também da BBC. Nele mede-se
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Hoje fiquei muito surpreendido numa das minhas aulas por causa disto (da empatia, quero dizer). Com tudo o bom que um possa dizer deles, os alunos e as alunas da Secundária actual não são um prodígio nem de sensibilidade nem de conhecimentos vitais que facilitem o seu entendimento de certos temas. Normalmente, reagem bastante mal à música que propomos os adultos e tenho tido reacções muito negativas perante certos estilos ou cantantes. Pois bem. Para trabalhar os condicionais e as estruturas alternativas a eles, escolhi uma velha canção de Dylan. Vimos as estruturas, traduzimos a letra e no fim das aulas, enquanto a escutávamos, uma rapariga começou chorar. Estava completamente emocionada, identificada com os sentimentos que a Dylan lhe produzira a ruptura com a sua mulher. Nunca me passara nada semelhante e pergunto-me se o facto de que a pessoa que chorou era mulher terá algo a ver com o sucedido.
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Etiquetas: Cosmopolítica, Curiosidades, Música
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