Os poetas ingleses
Ultimamente não tive muito tempo para dedicar ao blogue, mas parece que o panorama vai-se despejando aos poucos. Anteontem terminou um dos cursos que estou a fazer, o que oferece a Consejería de Educación da Comunidade de Madrid como formação aos centros que foram escolhidos para a implantação pilotada do Portfolio Europeu das Línguas. Ontem rematou o outro curso, o de língua árabe, e também tive a avaliação final de 2º de Bacharelato, o que me quita bastante trabalho de encima. À avaliação cheguei com a língua de fora, porque tive de corrigir muito.
Além dos exames e exercícios tinha de escolher um livro para que leram (o clássico “reader”, uma dessas estúpidas leituras graduadas que parecem ter sido escritas para parvos). Em lugar disso, dei-lhe ao grupo uma lista de poetas ingleses e americanos e as páginas do livro de Robert Barnard ‘A Short History Of English Literature’ referentes a Byron, Shelley e Keats, que comentámos nas aulas junto com duas odes de Keats. Os alunos tinham de escolher um poeta, buscar ou pedir-me informação sobre ele, elaborar uma breve biografia e um comentário ainda mais breve sobre as características gerais da obra do autor escolhido. Por último, e para forçá-los a ler um pouco tinham de profundar nas obras e escolher um poema breve que haviam de ler na aula e que contaria como nota de prova oral.
A minha intenção era reunir num só trabalho exercícios de compreensão leitora, expressão escrita e expressão oral, além de lograr que os alunos conhecessem pelo menos ligeiramente autores em língua inglesa que, doutro jeito, nunca chegariam descobrir. O resultado foi surpreendente. As biografias dos românticos principais entusiasmaram-nos. Duas alunas escolheram Emily Dickinson porque era a única mulher da lista que lhes dei, e estavam realmente emocionadas. Procuraram informação sobre ela por toda a internet, pediram-me livros dela e até solicitaram que a biblioteca do centro adquirisse exemplares da edição bilingue de Hiperión. Compreendo bem o fascínio que Dickinson pode exercer sobre certas sensibilidades e eu mesmo estava emocionado ao ouvi-las esforçar-se por melhorar a sua pronúncia para ler correctamente Thunderstorm, o poema que escolheram para apresentar na aula.
Quando comentei a minha intenção no departamento, desejaram-me sorte muito ironicamente. Agora creio que um companheiro tem decidido fazer o mesmo o próximo curso. É claro que os grupos de Bacharelato motivados são assim “outra coisa”, uma rara avis, mais o certo é que quando há sorte e cai-te um reconcilias-te com a profissão. Nada a ver com o meu odiado 2º da ESO, desde logo.
Além dos exames e exercícios tinha de escolher um livro para que leram (o clássico “reader”, uma dessas estúpidas leituras graduadas que parecem ter sido escritas para parvos). Em lugar disso, dei-lhe ao grupo uma lista de poetas ingleses e americanos e as páginas do livro de Robert Barnard ‘A Short History Of English Literature’ referentes a Byron, Shelley e Keats, que comentámos nas aulas junto com duas odes de Keats. Os alunos tinham de escolher um poeta, buscar ou pedir-me informação sobre ele, elaborar uma breve biografia e um comentário ainda mais breve sobre as características gerais da obra do autor escolhido. Por último, e para forçá-los a ler um pouco tinham de profundar nas obras e escolher um poema breve que haviam de ler na aula e que contaria como nota de prova oral.
A minha intenção era reunir num só trabalho exercícios de compreensão leitora, expressão escrita e expressão oral, além de lograr que os alunos conhecessem pelo menos ligeiramente autores em língua inglesa que, doutro jeito, nunca chegariam descobrir. O resultado foi surpreendente. As biografias dos românticos principais entusiasmaram-nos. Duas alunas escolheram Emily Dickinson porque era a única mulher da lista que lhes dei, e estavam realmente emocionadas. Procuraram informação sobre ela por toda a internet, pediram-me livros dela e até solicitaram que a biblioteca do centro adquirisse exemplares da edição bilingue de Hiperión. Compreendo bem o fascínio que Dickinson pode exercer sobre certas sensibilidades e eu mesmo estava emocionado ao ouvi-las esforçar-se por melhorar a sua pronúncia para ler correctamente Thunderstorm, o poema que escolheram para apresentar na aula.
Quando comentei a minha intenção no departamento, desejaram-me sorte muito ironicamente. Agora creio que um companheiro tem decidido fazer o mesmo o próximo curso. É claro que os grupos de Bacharelato motivados são assim “outra coisa”, uma rara avis, mais o certo é que quando há sorte e cai-te um reconcilias-te com a profissão. Nada a ver com o meu odiado 2º da ESO, desde logo.
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