Os perigos de jogar com a verdade
A pesar de certa febre da que já falei, as velhas paixões seguem a perseguir-me. Compro Desire (1976) e interesso-me pelo caso de Rubin "Hurricane" Carter. Vejo o filme de Norman Jewison, no que Denzel Washington interpreta Carter. O filme é sentimental e apológetico; um tanto maniqueu e o que os sajões chamam "self-righteous", longe da fúria da potente acusação dylaniana. Tenho curiosidade, assim que busco em internet e vários matizes de gris aparecem entre o branco e o preto. E eu pergunto-me, onde é que fica a verdade?
Há muitas semelhanças com o caso de O.J. Simpson. Seguro que o recordo de Carter estava presente e influiu no juízo do ex-jogador de futebol americano. Claro que O.J. conseguiu o que Carter não pôde: convencer aos membros do júri de que o estavam a julgar por asasinato por ser preto. Lembro que, pelo que diziam os jornais na época, as provas contra O.J. Simpson semelhavam mais claras. Por pequenas que sejam, há possibilidades de que ambos sejam culpáveis e de que ambos jogaram a vaza do racismo para evitar a cadeia.
Em momentos como este, quero creer na existência do karma.
Há muitas semelhanças com o caso de O.J. Simpson. Seguro que o recordo de Carter estava presente e influiu no juízo do ex-jogador de futebol americano. Claro que O.J. conseguiu o que Carter não pôde: convencer aos membros do júri de que o estavam a julgar por asasinato por ser preto. Lembro que, pelo que diziam os jornais na época, as provas contra O.J. Simpson semelhavam mais claras. Por pequenas que sejam, há possibilidades de que ambos sejam culpáveis e de que ambos jogaram a vaza do racismo para evitar a cadeia.
Em momentos como este, quero creer na existência do karma.
Etiquetas: Cinema, Cosmopolítica, Curiosidades
<< Home