Geografias pessoais
Há cidades com as que a gente estabelece uma relação íntima. São lugares que se enquistam no lugar mais recolhido do sentimento e que renovam o seu fascínio cada vez que a gente as visita. Não importa quantas vezes é que recorremos as suas ruas ou nos deixamos arrastar pelas suas multidões; elas são sempre as mesmas e sempre novas, distintas, capazes de renovar a paixão que nos namorou no primeiro momento. Às vezes nem sequer é possível dizer que a gente conheça bem esses lugares, basta com ter estabelecido ligações íntimas com elas ao longo dos anos. Uma cidade pode estar indissoluvelmente unida a um amor, a uma canção, a uma imagem que nos comoveu no momento oportuno. Pode ser a luz que as inunda; a música que nela soa ou o som da língua da suas gentes. É algo mais que a simples impressão estética que nos pode causar uma paisagem por muito formosa que esta seja. É a sensação de pertença a um lugar, de felicidade e calma puras que nos inunda quando saimos do alojamento e sentimos por fim que estamos onde queremos estar.
Isso é o que me sucede com Lisboa (em menor medida, também com Londres, se bem é uma história de amor bem diferente); a única cidade grande do mundo na que sei que poderia viver à vontade e à que não me importa voltar pelo menos uma vez ao ano.
Isso é o que me sucede com Lisboa (em menor medida, também com Londres, se bem é uma história de amor bem diferente); a única cidade grande do mundo na que sei que poderia viver à vontade e à que não me importa voltar pelo menos uma vez ao ano.
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