terça-feira, fevereiro 21, 2006

Que rarinho é!

Sinto simpatia pelos freaks, pela gente "rara" no sentido de "extraordinária" ou "pouco frequente", pelas ideias ou os temperamentos originais e distintos. Penso que os que se situam de fora da "normalidade" evitam em boa medida a mediocridade e o tédio. Os que pertencendo a uma comunidade exibem sem complexos o que os faz distintos facilitam a integração dos que vêem de fora, dos que realmente são alheios.

O que é decididamente tonto é fachendear, presumir de raro ou original. Numa época tão dependente da imagem que projectamos cara fora, fazer profissão de freak equivale a afirmar a personalidade própria. Na maioria dos casos, porém, não é mais que o reflexo dum sentimento de afirmação adolescente produto duma auto-estima muito baixa. O desejo de ser diferente não implica ser diferente de facto.

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