terça-feira, fevereiro 28, 2006

Object trouvée (4)


Leperchaum magnético comprado em Irlanda e que tem o curioso costume de dançar na porta do frigorífico quando não estamos a olhar para ele.

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segunda-feira, fevereiro 27, 2006

A febre dos telemóveis


Fico pampo com os trabalhos que passa a gente para conseguir telemóveis de borla. A culpa, é claro, é das operadoras e os seus plantejamentos comerciais, nos que prima a captação de novos clientes fronte o cuidado dos antigos e a qualidade do serviço.

Lembro que quando saíram as primeiras gravadoras de CDs, gente que nunca tivera o mais elementar gosto pela música padeceu uma espécie de febre e começou acumular discos e mais discos que jamais escutariam. O mesmo se passou com as gravadoras de DVD: os que desprezavam filmes em branco e preto, subtitulados, ou com mais de três anos de idade, de súpeto possuíam filmotecas invejadas por cineclubes. Pouco importava que a vida seja muito curta para poder vê-las todas; o importante era a quantidade e o facto de copiar e copiar mais e mais. Algum até botou o lixo a sua colecção de CDs pirateados para fazer sítio aos DVDs!

Algo similar está a acontecer com os telemóveis. A gente muda de cartão pré-pago a contrato para melhorar o terminal; depois muda de operadora e por último dedica-se a fazer-lhe chantagem para seguir renovando o seu prezado telemóvel antes do prazo acordado. A internet está cheia de conselhos para conseguir telemóveis 3G, muito caros e totalmente inecessários. Detrás de todo isto é facil perceber velhos vícios: a ánsia de ter o último e o melhor; a dependência ao telefone; o consumismo... Mas também há algum elemento novo: o desejo de "cobrar-se" dalgum jeito o trato recebido das operadoras uma vez nos têm "enganchados". Será interessante ver onde é que acabará isto.

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sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Mais neve

Ontem nevou em Madrid. Levei a câmara comigo, mas a neve não coalhou e as fotos não saíram bem, assim que estas pertencem à nevada do ano passado, caída mais ou menos pelas mesmas datas que este ano.

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terça-feira, fevereiro 21, 2006

Que rarinho é!

Sinto simpatia pelos freaks, pela gente "rara" no sentido de "extraordinária" ou "pouco frequente", pelas ideias ou os temperamentos originais e distintos. Penso que os que se situam de fora da "normalidade" evitam em boa medida a mediocridade e o tédio. Os que pertencendo a uma comunidade exibem sem complexos o que os faz distintos facilitam a integração dos que vêem de fora, dos que realmente são alheios.

O que é decididamente tonto é fachendear, presumir de raro ou original. Numa época tão dependente da imagem que projectamos cara fora, fazer profissão de freak equivale a afirmar a personalidade própria. Na maioria dos casos, porém, não é mais que o reflexo dum sentimento de afirmação adolescente produto duma auto-estima muito baixa. O desejo de ser diferente não implica ser diferente de facto.

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segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Godard

Por que não há mais películas como esta? Este será o meu Ano Godard.





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Imperialismo blogalego

Encanta-me o mapa que fez a gente de Lantania (também do blogue homónimo). Mas o mapa fez que me decatara dum problema: a blogosfera galaica ainda não conquistou Ásia nem Oceânia e a sua presença em África e América não é tão significativa como devera. Há que amanhá-lo para incluir menções a esses territórios no novo Estatuto!

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sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Odeio Marina D'Or!

Tras a leitura deste blogue, ocorreu-se-me a seguinte enquisa:

Odeia você Marina D'Or:
a) Muito;
b) Intensamente;
c) Com toda a alma;
d) Tanto como a Zaplana ?

Respostas em comentários, se fazem favor. Obrigado.

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Neve


Pensava usar esta foto tomada do avião Vigo-Madrid o 30 de Janeiro para despedir o inverno, mas ele voltou ontem com plena intensidade... justo quando vou passar a fim de semana em Pontevedra por primeira vez desde há um mês. Maldita seja!

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quarta-feira, fevereiro 15, 2006

La huida del tiempo [estamos a ler... (2)]

"La "calavera", ése es el nombre que los apaches le han dado en su lengua a una muchacha. A través de sus rasgos faciales consumidos se perfila su esqueleto. En otro tiempo llevé conmigo de ciudad en ciudad una calavera que había encontrado en una antigua capilla. Se habían abierto tumbas y, al hacerlo, quedaron al descubierto esqueletos centenarios. Sobre la tapa del cráneo escribían el nombre del difunto y añadían el lugar de nacimiento. Los huesos de los pómulos se pintaban con rosas y nomeolvides. El caput mortuum que llevé conmigo tanto tiempo era la cabeza de una muchacha de veintidós años, muerta en 1811. Estaba completamente loco por esta joven de ciento treinta y tres años, y me resultó muy difícil separarme de ella. Pero por fin, cuando me marché a Suiza, la abandoné precisamente en Berlín. A esa calavera me recuerda la que en este caso todavía vive. Cuando contemplo a la muchacha, me gustaría tomar las pinturas y dar color a su rostro consumido dibujándole flores".

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Estamos a ler (2)

Já falámos de La huida del tiempo, de Hugo Ball um par de vezes, polo que em vez de comentar, prefiro mostrar-vos duas secções que me chamaram a atenção até o de agora:

"La vida decente, resuelta, segura, se presenta en ciertas épocas de formas inciertas. Esto no es nuevo. Pero puede lograr que lo incierto sirva como atestado y prueba de una conducta honesta. Por eso parece oportuno atenerse a la distinción. El aventurero siempre es un diletante. Deposita su confianza en el azar y se abandona a sus fuerzas. No busca conocimientos, sino confirmación de su superioridad. Si se presenta la ocasión, arriesga su vida, pero confía en salir airoso. El curioso, el dandy es otra cosa. También él busca el peligro, pero no ejerce de diletante con él. Lo concibe como un enigma, intenta penetrar en él. Lo que le lleva de una vivencia a a otra no es la veleidad de su humor, sino la consecuencia de un pensamiento y la lógica de los hechos espirituales. Las aventuras del dandy corren por cuenta de su tiempo; las vivencias del aventurero, por el econtrario, surgen de la arbitrariedad y corren de su cuenta. También se podría decir que el aventurero se apoya en una ideología del azar; el dandy, en una del destino".

Seguimos na próxima entrada.

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terça-feira, fevereiro 14, 2006

Promessas incumpridas

1.- Ainda não tenho licença de conducção.
2.- Não estou a escrever algo todos os dias.
3.- Não estou a tirar uma fotografia diária.
4.- Não estou a beber mais água.
5.- Não estou a comer melhor.
6.- Não estou a gastar menos dinheiro em discos, películas e livros.
7.- Não estou a estudar mais.
8.- Não estou a passar menos tempo longe do ordenador.
9.- Não estou a deixar passar provocações e, por tanto
10.- Sigo a cair em discussões absurdas.

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Tenda de DVDs de importação em Madrid

Já vos dera esta direcção? Antes aceitavam pagos à volta dos correios; agora semelha que as coisas não lhes vão bem, porque estão a saldar, já não abrem pela manhã e pedem um sinal para encomendas, mas paga a pena vistá-los.

Agradecia se alguém pudesse dar indicações de outra loja similar...

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segunda-feira, fevereiro 13, 2006

O preço da liberdade

Proposta de estátua sufragada por Yahoo e Google para embelecemento da Praza de Tiananmen.

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As vítimas do terrorismo

Transcrevemos titular de El Mundo de hoje (não pomos enlace porque é de pago):

Irene Villa: «No estamos ante el fin de la violencia, sino ante el inicio del resurgir de ETA»
Irene Villa lleva más de 15 años con la responsabilidad de ser testimonio vivo de la brutalidad de ETA y representante de otras víctimas del terrorismo que no obtuvieron todo el cariño ni la atención que ella recibió. Este peso excesivo para una niña no sólo no la transformó en una mujer vengativa, sino que la convirtió en un derroche de generosidad. Esto no impide que, ahora, tras las expectativas generadas, exija Justicia y ni un paso atrás.


Também no mesmo jornal, edição de internet (este sim que leva enlace, que é gratis):

Las víctimas del terrorismo reunidas en Valencia rechazan cualquier negociación con ETA
VALENCIA.- Los participantes que han intervenido en la primera mesa redonda del III Congreso Internacional de Víctimas del Terrorismo han dicho 'no' a una posible negociación con ETA porque consideran que cualquier concesión a los terroristas supondría "justificar las muertes".


Devem o resto dos cidadãos e o Estado pôr os desejos de vingança e a lógica dor das vítimas e familiares por diante das arelas de paz? Podem uns sentimentos sequestrar o desejo de estabilidade de toda Espanha? Queremos que ETA abandone as armas ou encher os cárceres de gente a quem podamos depois negar o seu direito à redenção de penas? Não é contraditório que ocorra isto num estado onde se fez uma transição à democracia que não exigiu responsabilidades a dirigentes da ditadura? E já postos, não seria melhor que as pessoas integrantes das associações de vítimas desvinculassem as suas associações dos partidos políticos?

Só estou a perguntar...

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Superlopez resgata o mundo mundial

Já sei que não deveríamos falar dele, que só quer protagonism0, que não esquezamos o grande que foi -e é-, mas acho que estas declarações demandam, como mínimo estas acções preventivas:

1.- Colecta para sufragar bilhete (só de ida, of course)
2.- Colecta para fazer acópio de kryptonita (por se, pese a tudo, consegue voltar).

Os sudamericanos, pobrinhos!

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Relâmpago sobre água

Em Relâmpago sobre água, Wim Wenders e Nicholas Ray elaboram um discurso estarrecedor sobre a vida, a morte, a velhice, a enfermidade e a decadência física. Wenders reflecte sobre a morte dum ser próximo e o seu ofício de cineasta rodando os últimos momentos da vida dum Nicholas Ray que se aferra desesperadamente à sua última película porque sabe que esta equivalerá à sua reabilitação ante ele próprio, e que se converterá numa ração para prolongar a luta um pouco mais.

A película identifica o processo de elaboração duma película com o passo dos últimos momentos da vida do ser humano. O caos, o medo, a perplexidade ante a morte, a falta de controlo sobre os acontecimentos e a dor estão presentes na obra, que é toma forma dum work in progress. O mesmo médio cinematográfico está presente de maneira constante. Repetem-se tomas, fala-se em como se vai desarrolhando o guião, misturam-se formatos. A câmara, convertida numa personagem mais, regista todo o processo sublimando-o e transmutando-o em Arte, na expressão mais alta do espírito humano.

Wenders adverte que tudo tem um reverso escuro: existe a tentação de aproveitar-se do sofrimento alheio, de esquecer-se de que quem está diante é uma pessoa, que sofre e a quem quer. E, por suposto, também está presente o tema da inexorabilidade do passo do tempo, do seu esgotamento, e a sensação de que tudo o que as câmaras podam registar não abunda para contê-lo. Como dizia Cortázar em Instrucciones para dar cuerda al reloj (Historias de Cronopios y Famas): "allá en el fondo está la muerte". E então saltam as palavras incríveis que deixam a um sem alento e com um nó na gorja do que já nunca poderá livrar-se: “The closer I get to my ending, the closer I’m getting to re-writing my beginning. And certainly, by the end... by the last page, the climax has re-conditioned the opening; and the opening usually changes.” Quem as pronuncia é um Nicholas Ray bigger than life, que já não é senão uma sombra física do que fora, e que está a dar a sua derradeira lição sobre cinema ou, o que é o mesmo, sobre a vida.

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Música para hoje (9)

Um presente para quem não conheza ainda o Damien Rice. Premede em Blower's Daughter ou Cannonball e disfrutade.

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domingo, fevereiro 12, 2006

Boa noite, e boa sorte


Preferimos que nos apresentem a verdade directamente ou preferimo-la semi-oculta trás de histórias, literatura, metáforas, parábolas ou alegorias? É melhor que nos digam: “isto está bem” ou que nos mostrem como funciona para vê-lo por nós mesmos?

Ontem, caminho do cinema limos esta cita do diário de Hugo Ball: Kant... este é o inimigo jurado ao que tudo se remonta. Com a sua teoria do conhecimento ele pôs todos os objectos do mundo visível nas mãos da ração e do poder. Elevou a Ração de Estado prussiana ao nível da ração comum e ao imperativo categórico ao que tudo tem que se submeter. A sua máxima suprema diz assim: a ração há-de ser aceite a priori; é algo inconmovível. É o quartel da sua potência metafísica.”

Mais tarde, já nos Cinemas Verdi, encontrámos o anúncio dum documental intitulado: Das Goebbels-Experiment e vimos Good Night, And Good Luck, na que George Clooney supera de jeito hábil a pergunta que nos fazemos ao começar este comentário. E fá-lo jogando com ambas possibilidades: por um lado, a fita supõe um comentário indirecto sobre a realidade americana actual. Por outro lado, a eleição de Murrow e a sua campanha anti-mccarthista equivale a um comentário direito sobre a transmissão da verdade e a defesa dos valores democráticos. No tempo limitado que durava o programa See It Now, Murrow não podia andar-se com rodeios, e o jogo que decidiu jogar era tão arriscado que não podia permitir-se malas interpretações.

Valendo-se do relato da oposição do grupo de jornalistas liderados por Ed Murrow contra as tácticas do senador Joe McCarthy há cinquenta anos, Clooney e o seu co-guionista Grant Heslov realizam uma crítica da manipulação e a mentira claramente dirigida contra a administração Bush. É inevitável ouvir as palavras de Eisenhower case ao fim da película ou uma das últimas alegações de vítimas e não pensar nos informes sobre a existência de armas químicas e nucleares no Iraque ou na manipulação do medo dos cidadãos a serem outra volta vítimas dum ataque terrorista para recortar liberdades fundamentais e manter a nação num estado de alerta paranóica constante. Ao igual que Murrow foi acusado de comunista e antipatriota, Clooney tem sido acusado de traidor ao seu país por criticar a guerra de Iraque e outras actuações da administração Bush.

Os espanhóis temos também algumas lições que apreender desta película. Nosso passado recente e o nosso presente não estão isentos de sinistras mentiras governamentais: 11-M, Prestige, caso Ercros, subvenções comunitárias ao cultivo do linho, radicalização dum enfrentamento entre uns supostos "eles" e uns supostos "nós"... As nossas cadeias de televisão também poderiam prestar ouvidos às palavras do discurso de Murrow que abrem e fecham o filme.

O filme é lento, deixa que as personagens falem em liberdade, mas a tensão e a sensação de perigo, de possibilidade de derrota mantêm em suspenso ao espectador interessado. Claro que só a quem estiver interessado. Com um negócio cinematográfico que ainda não conseguiu ensinar aos espectadores a distinguir entre o entretenimento puro sem pretensões artísticas nem de qualidade e o verdadeiro arte dotado de conteúdo estético e moral, este tipo de películas está condenado a receber comentários como os que se ouviam de passada ao terminar a sessão, e que eram do cariz de “¡qué tostón!”, “es muy lenta” ou “vaya rollo”. No fim, um fica com a impressão de que declarações honestas como a que pretendia George Clooney, ou a imparcialidade de Murrow, que deixava que as palavras do próprio McCarthy revelaram a sua natureza perversa perante a opinião pública, não são apreciadas por um público que demanda violência gratuita, acção, romance, final feliz e castigo aos maus menos de duas horas. Por isso, ainda que a película mereceria melhor sorte, não parece uma competidora perigosa para Brokeback Mountain nos Óscar.


Música para hoje (8): Exhuming McCarthy -- R.E.M. (Document, 1987).

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sábado, fevereiro 11, 2006

Loucuras musicais

Estão tolos estes ingleses! A quem se lhe pode ocorrer uma tolice semelhante? Como sempre em estes casos, essa tolice é apaixonante (e, ademais, tirar-lhe-ão alguns quartinhos).

Agora vou embora, que me agarda Good Night, And Good Luck. Assim que, Boa noite (de sábado), e boa sorte, que em portugalego também soa bem.

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sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Crash, de Paul Haggis

Em Crash, Paul Haggis apresenta as vidas cruzadas dum grupo de pessoas no inferno racial de Los Angeles, cidade herdeira directa das tensões mais cruas do Deep South americano, agravadas pela entrada em conflito duma maior variedade étnica.

Haggis sabe o que quer dizer e di-lo claramente, se calhar, claro de mais. A mensagem moral é clara: a tensão gera violência que gera ódio que gera tensão que gera violência... Os culpáveis são -somos- todos e quem se creia fora da cadeia está errado, como não tardamos em comprovar seguindo as histórias paralelas das personagens de Matt Dillon e o seu jovem companheiro (Ryan Phillippe).

O problema é que a fita não deixa lugar a ou conclusões além das propostas pelo director, quem joga a deus omnisciente, manipulando as emoções do espectador para levá-lo exactamente onde ele quer. Quando alguém faz isso com emoções tão fortes achega-se muito ao autoritarismo, erro no que já incorrera Scorsese no Cabo do medo.

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Monthy Python, a máfia, a SGAE, Linux e Bruxelas

Quando penso na SGAE e na eficácia dos seus métodos lembro um sketch dos Monty Python no que um grupo de mafiosi trata de fazer extorsão o exército britânico mediante a clássica oferta de “protecção”. Um genial Graham Chapman interpreta a um descolocado coronel, a quem Terry Jones e Michael Palin, com trajes pretas às riscas brancas, sombreiro e de palito na boca, explicam:

Sergeant: Two civilian gentlemen to see you ... sir!
Colonel: Show them in please, sergeant.
Sergeant: Mr Dino Vercotti and Mr Luigi Vercotti. The Vercotti brothers enter. They wear Mafia suits and dark glasses.
Dino:Good morning, colonel.
Colonel : Good morning gentlemen. Now what can I do for you.
Luigi (looking round office casually): You've ... you've got a nice army base here, colonel.
Colonel: Yes.
Luigi: We wouldn't want anything to happen to it.
Colonel: What?
Dino: No, what my brother means is it would be a shame if... (he knocks something off mantel)
Colonel: Oh.
Dino: Oh sorry, colonel.
Colonel: Well don't worry about that. But please do sit down.
Luigi: No, we prefer to stand, thank you, colonel.
Colonel :All right. All right. But what do you want?
Dino: What do we want, ha ha ha.
Luigi: Ha ha ha, very good, colonel.
Dino: The colonel's a joker, Luigi.
Luigi: Explain it to the colonel, Dino.
Dino: How many tanks you got, colonel?
Colonel: About five hundred altogether.
Luigi: Five hundred! Hey?
Dino: You ought to be careful, colonel.
Colonel: We are careful, extremely careful.
Dino: 'Cos things break, don't they?
Colonel: Break?
Luigi:Well everything breaks, don't it colonel. (he breaks something on desk) Oh dear.
Dino:Oh see my brother's clumsy colonel, and when he gets unhappy he breaks things. Like say, he don't feel the army's playing fair by him, he may start breaking things, colonel.
Colonel:What is all this about?
Luigi: How many men you got here, colonel?
Colonel: Oh, er ... seven thousand infantry, six hundred artillery, and er, two divisions of paratroops.
Luigi: Paratroops, Dino.
Dino: Be a shame if someone was to set fire to them.
Colonel: Set fire to them?
Luigi: Fires happen, colonel.
Dino: Things burn.
Colonel: Look, what is all this about?
Dino: My brother and I have got a little proposition for you colonel.
Luigi: Could save you a lot of bother.
Dino: I mean you're doing all right here aren't you, colonel.
Luigi: Well suppose some of your tanks was to get broken and troops started getting lost, er, fights started breaking out during general inspection, like.
Dino: It wouldn't be good for business would it, colonel?
Colonel: Are you threatening me?
Dino: Oh, no, no, no.
Luigi: Whatever made you think that, colonel?
Dino: The colonel doesn't think we're nice people, Luigi.
Luigi: We're your buddies, colonel.
Dino: We want to look after you.
Colonel: Look after me?
Luigi: We can guarantee you that not a single armoured division will get done over for fifteen bob a week.
Colonel: No, no, no.
Luigi: Twelve and six.
Colonel: No, no, no.
Luigi: Eight and six ... five bob...

Os métodos da SGAE são os dos mafiosos italo-americanos das películas de Coppola: usam da força para tratar de controlar um mercado do que tirar talhada. Nem mais nem menos. O dinheiro é uma obsessão para eles e por isso o simples conceito de software livre resulta-lhes tão aberrante como a descarga ilegal de música ou películas da rede. Como os fanáticos, já não distinguem branco de preto. Menos mal que todavia queda alguém disposto a parar-lhes os pés.


Nota: o sketch dos Monty Python pertence ao episódio 8 da primeira tempada, intitulado Full Frontal Nudity.

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quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Street politics


Os mandamentos:

1.- Passion is fashion (Joe Strummer)

2.- Free yourself from mental slavery; none but ourselves can free our minds (Bob Marley)

3.- Free your mind and your ass will follow (Funkadelic)

4.- Think! It ain't illegal yet! (Funkadelic)

5.- O dia tem 24 horas e não as que eles queiram (graffiti em compostela)


6.- Jazz is the teacher, funk is the preacher (?)

7.- He who fucks with nuns will later join the church (The Clash)



9.- ¡Viva el mal! ¡Viva el capital! (La bruja Avería)

2.- Hay que desaprender para desenseñar cómo se deshacen las cosas (los electroduendes)

8.- Viva el materialismo histérico (graffiti em Leganés)

9.- Say it loud: I'm funk and I'm proud! (Funkadelic/James Brown)

10.- Ain't nothin' but a party (Funkadelic)



Música para hoje (7): One Nation Under A Groove -- Funkadelic; Mothership Connection -- Parliament; London Calling -- The Clash.

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Boa publicidade.

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terça-feira, fevereiro 07, 2006

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Cutlass, cada dia melhor.

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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Manias compulsivas

Circula pela blogosfera adiante um jogo curioso: um tem de declarar as suas manias e convidar um amigo para que faça o mesmo e convide a outro. Tocou-nos, se bem por correio electrónico e não através do blogue, mas é giro fazê-lo aqui.

Vejamos. Eu tenho muitas manias.

* Sempre me barbeio seguindo uma ordem estrita. Começo pelo bigode e o queixo, baixo daí pelo pescoço dividindo a face em dois e logo barbeio-me o lado direito da cara antes de passar ao esquerdo. De facto, todas as minhas manhãs são um ritual fixo que dura uma hora: espertar, arrumar o quarto, duche e pequeno-almoço.

* Quando sento diante do ordenador (e passo umas boas 2 ou 3 horas diárias) mordisco compulsivamente um troço de plástico.

* Odeio a sensação de perder o tempo no transporte público. Leva-me mais duma hora chegar ao trabalho desde casa e uso o autocarro, o metro e o comboio. Para aproveitar o que poda, leio, escuto música e corrijo exames, composições e exercícios tanto na ida, como na volta, por muita fome ou sonho que sinta. Também levo sempre comigo o livro que esteja a ler por se tenho que fazer cola, aguardar por alguém ou fazer tempo por qualquer motivo.

* Odeio que leiam por cima do meu ombro quando escrevo. Não o aturo e tenho de fazer verdadeiros esforços para que não se note o incómodo que estou quando estou a contestar correios electrónicos ou a trabalhar e alguém se me acerca.

* Sempre tomo um café depois do jantar, mas nunca imediatamente depois. Tenho que deixar passar um intre, por muita presa que tenha. Cada vez que tomo um café, tomo-o com algo, sobre tudo bolachas.

* Odeio os ferros que perdem água e deixam umas gotas enormes e horrorosas nas camisas.

* Sou muito ordenado, embora seja porque ao tempo sou muito despistado. Se não deixasse cada coisa em seu sítio, sou incapaz de encontrá-las e para evitá-lo tenho tudo ordenado. Perdi a carteira um par de vezes e agora sempre me palpo os bolsos cada vez que entro ou saio dum sítio. Às vezes, guardo-a em um bolso que não é o habitual e levo uns sustos de morte.

* As minhas coisas estão todas juntas. Não tenho livros em dois quartos distintos, nem discos, nem películas. Têm que estar juntos, por isso, até que tenha sítio para todos na minha casa, não os levarei da casa da minha mãe.

* No gosto das cópias. Se posso, compro-o tudo original, ainda que seja mais caro. Se tenho uma cópia e depois posso conseguir um original, obsequeio a cópia a algum conhecido.

* Quando estou a escutar música, aguardo a que acabe uma canção antes de desligar o aparato. Nunca apago o aparato se não acabou a canção. Quando gravava cassetes, se uma canção não cabia ao final duma cara, apagava-a para não ter que ouvi-la cortada depois.

* Sempre trato de convencer a todo o mundo para ir ver as películas em versão original, ainda que saiba de antemão que se vão negar a elo. Eu selecciono a versão original no DVD ainda que a película seja iraniana e não compreenda nada.

* Fixo-me nas manias dos demais e penso no raros que são por fazer essas coisas.

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sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Fazendo uso do cartão de sócio Fnac

Decidi que como, apesar de mim próprio, estava a gastar muito dinheiro na Fnac, solicitaria o seu cartão de fidelização. Como agasalho de bem-vinda, oferecem um 10% de desconto em cds e dvds, um 4x3 em livros e um 5% de desconto em fotografia, electrónica, telefonia e informática.

Como não ando muito bem de massa, decidi concentrar os meus esforços em películas (os livros que quero são muito caros e tenho muita coisa atrasada que ler). Após largos passeios e deliberações decidi-me por:

* Elevador para o cadafalso, de Louis Malle
* O enigma de Gaspar Hauser, de Werner Herzog
* O vento levar-nos-á, mais
* Através das oliveiras, de Abbas Kiarostami
* O ladrão de Bagdade, de Powell, Mercer & Whelan
* Akira, de Katsuhiro Otomo

Já comentaremos...

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Curiosidade científica


É Sexta (venres)!

Quantas canecas fazem falta para me encher? Penso averiguá-lo.

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